Antigamente (ou nem tão antigamente assim), as listas de peças do que “tem que ter” eram uma febre.
Entre as sugestões: camisa branca, blazer, saia lápis, calça jeans reta, sapato fechado e pouca ou quase nada de estampa e cores fortes.
O guarda-roupa que não tivesse essas peças não era “elegante”.
Eu até já fiz minha lista de dezessete itens para um armário cheio de estilo lá no blog, mas deixei claro que é minha lista, baseada no meu estilo.
São inúmeros os posts nas redes sociais sugerindo “troque isso por isso” se quiser ser mais elegante. Ou ainda: estampa de pobre, estampa de rica… Isso de pobre, isso de rica e por aí vai.
E por mais que no final do post tenha sempre aquela ressalva (que antes não havia) dizendo, mas “quem escolhe é você”, a verdade é que somos extremamente influenciados a tomar como regra que elegância se resume a um conjunto pré-definido de itens de roupa no qual algumas cores, modelagens e tecidos são altamente proibidos, enquanto outros são endeusados.
Elegância vai além da roupa
Roupa é contexto e elegância também tem a ver com isso.
Alguém que queira comunicar elegância pode achar que vestir tons escuros, modelagens fluidas e roupas com a tal “cara de rica” vão conferir um efeito mágico.
Ou quem sabe apostar em um monocromático, que, além de chique, ajuda a alongar. Concordo. Tudo isso pode comunicar uma imagem elegante.
Mas se não houver outros elementos presentes, será apenas uma imagem, a qual pode ser desconstruída na primeira interação pessoal.
O comportamento também importa.
O comportamento e o contexto
Imagem boa não salva comportamento ruim.
O comportamento inadequado, como, por exemplo, não deixar que as outras pessoas terminem suas falas, interromper a todo instante, querer ser o centro das atenções, são atitudes tão deselegantes que não há roupa que os camufle.
Há ainda o contexto. Se você sabe que vai a um evento no qual o dress code é específico e se recusa a segui-lo porque não gosta, isso é deselegante. É como ir de branco a um casamento quando a noiva fará uso da cor.
Outra situação: se o contexto do evento é simples, não queira ser a rainha se vestindo para arrasar quando o núcleo da comemoração não diz respeito a você. Isso vale para aniversários, jantares e tudo o mais.
Se o evento é livre, aberto, por exemplo, um show, o palco é seu. Vista-se do jeito que achar melhor. Aproveite para expressar seu estilo da melhor maneira.
Não julgue as pessoas pela aparência. Tampouco faça “cara de nojenta” para formas de vestir que não lhe agradam.
Seja elegante por dentro e por fora. Vista o que você ama, adapte-se aos contextos quando necessário, abrace seu estilo e tenha bom-senso.
Elegância não é só “por fora bela viola”, é uma questão de atitude, de respeito ao próximo, de expressar o seu estilo com responsabilidade. Cada estilo tem sua elegância. Viva a sua sem precisar diminuir ninguém.
Obrigada por estar comigo :)
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